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Estou há longos minutos para escrever este post. Deixá-lo em branco seria mais condizente com o meu estado d'alma. Poucas palavras ou nenhumas se me ocorrem para qualificar o que hoje se passou em Paris. O jornalismo e a liberdade de expressão e, claro, a democracia foram severamente atacados, mas, acima de tudo isso está a própria vida dos que hoje perderam a vida. Dizer que a religião está por trás disto tudo é estar a ignorar que uma grande parte do mundo está muito doente, muito doente mesmo. No meu mundo, embora pouco ou nada crente me confesse, a religião não apregoa assassinatos. No meu mundo, a religião serve para dar sentido à vida e para saber aceitar a morte. O Mundo é muito grande, sim. Carregado de pessoas e religiões diferentes, mas duvido (muito mesmo) que haja alguma religião na qual os seus "fiéis" são mais "fiéis" por matar seres humanos, causando verdadeiro terror. No meu mundo, nada disto faz sentido. Mas, o outro mundo - acostumado a essas práticas bárbaras e que julgávamos tão distante do nosso - está cada vez mais perto de nós. Assustadoramente perto. Talvez esse mundo seja cada vez mais o nosso mundo. Talvez já nem seja uma questão de mundos...
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