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Afinal ainda me encontro viva. Mais viva do que nunca, até. Irónico ou não, é em casa que festejo a minha liberdade. Hoje tenho liberdade para descansar. Liberdade para não fazer nada. Liberdade para vegetar. Liberdade, fechada em casa. Liberdade, talvez, para ir correr. Liberdade para não ir, se for essa a minha vontade. Liberdade para comer de hora a hora ou para não comer em hora nenhuma. Liberdade para pensar devagar. Então e se eu não quiser pensar? Tenho essa liberdade também. Liberdade para escrever este post desajeitado. Liberdade para ver um filme, dois ou três ou 10 minutos de uns quantos. Liberdade de não ser vista, a não ser pelos que eu própria quero que me vejam. Liberdade de não sair à rua de cravo na mão, no peito ou na orelha, porque aqui festejamos as datas à nossa maneira, ou seja, sem maneira nenhuma. Não é defeito, é feitio. E não é por isso que sou menos afecta aos valores que a revolução nos trouxe. Está a ser assim o meu 25 de Abril e está a saber-me bem. Neste momento, desconfio que só uma nova revolução me faria sair do Terceiro Frente...
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