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E corre bem, até. Só que corre depressa. Bem depressa. Demasiado depressa, a um ritmo que eu não consigo acompanhar para contemplar. E isso é assustador. Ainda ontem era eu uma criança, agora já tenho uma mão cheia de sobrinhos. Ainda ontem, vejam lá, me nasceu a última. Uma enorme felicidade, como devem imaginar. Mas quando é que a vida - a tal que corre depressa - me vai permitir vê-la? É certo que nasceu em território francês, onde a natalidade é levada a sério, e isso complica tudo [para mim]. Provavelmente, [espero que não] vou vê-la já com a boca cheia de dentes, cheia de força e genica, já a caminhar por si. E pior, não me vai conhecer de lado nenhum. Ela, e as outras duas sobrinhas que nasceram [e ainda bem] fora de Portugal. Todas com nome franciu mas com sangue tuga, mal conhecerão a tia. Quando é que me sai mesmo o Euromilhões? Ajudaria - e muito - a acabar com certos obstáculos que me (nos) impedem de contemplar a vida como deve ser, ainda que esta corra sempre depressa.
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