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Foi lá que conheci o Bernardo. Na mítica festa da cerveja, claro está. Não foi há cinquenta anos, mas para lá caminha. Foi lá que trocamos as primeiras palavras, ao acaso [não foi nada, foi o destino]. Na realidade, foi tudo porque a amiga com quem estava, no meio da multidão de universitários em extâse com a possibilidade de beber cerveja até mais não, lhe deu um encontrão, entornando um copo para cima do rapaz. E fui eu que fui dar a cara [esperta!!!]
"Ah, desculpa lá, a minha amiga está um bocado alterada"
[...]
Dei-lhe o meu casaco porque estava demasiado quente para andar com ele. Não satisfeito com a "oferta", ainda exigiu o meu número de telemóvel. "9696...", cedi imediatamente. Pensou que o número tinha sido inventado naquele momento, só para o efeito [ou melhor, para ficar tudo sem efeito]. Mas não, fui sincera.
E apesar de bem regada, recordo-me dessa noite como se fosse hoje.
É isto que se me oferece dizer sobre as eleições, já que estamos no "domínio dos afectos"
Ora aqui está uma coisa que me suscita muita curiosidade. Será que é muito diferente do "normal"? Não será cada passada cada queda? Seja como e quando for, quero experimentar.
Ontem conseguiste fazer com que ficasse em casa (rrrr), mas hoje não me vais impedir de ir correr, ai não vais não. Sei que, no final, até te vou agradecer o facto de teres estado sempre comigo. Mas não abuses, mantém-te assim miudinha, que vou para longe de casa.
Desde Agosto que não me atrevia a vir aqui. Passaram-se praticamente cinco meses. Eu sei, sou o expoente máximo da incompetência nisto de gerir, ou simplesmente ter, um blog". Mas enfim.
Nestes últimos meses (praticamente meio ano?, caramba), tive o meu primeiro emprego e recebi o meu primeiro salário. O que poderia ter sido uma história bem sucedida num jornal nacional, afinal estava condenado a deixar de o ser logo nos primeiros dias do último mês de 2015. Vi, numa segunda-feira muito longa de Dezembro, a empresa ruir e administrador(es) mandar(em) cerca de 120 pessoas para o desemprego. Um a um, como se de um casting para os Ídolos se tratasse e como se fôssemos todos umas canas rachadas, causadores de gravíssimas otites ao júri.
E o dia já nem era dia quando muitos ficaram a saber que estavam fora dos planos da empresa que iria substituir a que acabara de falir. O meu caso, contudo, não entra nessas contas por estar ao abrigo de um estágio profissional IEFP. Um estágio pelo qual esperei bastante tempo para que entrasse em vigor. O mesmo é dizer que trabalhei durante quatro meses (podiam ter sido muitos mais, eu sei) pro bono para ver, enfim, o contrato chegar e começar a receber um ordenado. Sabia que o esforço iria compensar. E compensou. Visto a esta distância, continuo a achar que compensou imenso, sobretudo a estrutura manhosa daquela empresa.
Sinto-me bem por não ter lá ficado. Ainda que me tivessem prometido um novo contrato IEFP. Claro, isso significava, como significa em qualquer empresa do país, com mais meses de espera para ver tudo aprovado. "Ah, é melhor que nada", "Não tens nada a perder. Fica!" ou "o desemprego dura ainda mais tempo do que esse tempo de espera", aconselharam-me alguns amigos.
Não quis. Preferi abandonar o bote (não é aquele navio de que para aí falam) sem qualquer colete salva-vidas. E estou muito contente por isso. Por não ter tido medo de ter de voltar a procurar emprego, voltar a enviar CV's (quase) todos os dias e a pensar, agora com mais conhecimento de causa, que o jornalismo talvez seja apenas uma miragem. E, se assim for, da minha parte não haverá qualquer drama ou ressentimento. A ansiedade e o stress associados ao jornalismo não são bem a minha cena. Disso tenho a certeza absoluta.
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