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Diz que, para quem vai fazer a Meia Maratona mas também para quem não vai, se deve beber muita água diariamente. Mas, sobretudo os runners, nesta última semana, devem investir na hidratação - não através do álcool, como devem imaginar, mas de água. Devem beber bastante água principalmente nos últimos quatro dias antes da prova. Diz que ajuda a diminuir a incidência de cãibras, favorece a circulação sanguínea (e portanto, eliminação de toxinas), ajuda a levar o glicogénio - fonte de energia armazenada nos músculos - até às células, e não tem calorias. É importante beber, mas no dia da prova não convém encher a barriga de água antes da corrida. Vão sentir-se pesados e vão querer ir ao wc, o que para as mulheres ainda é mais desconfortável. Correr com a bexiga cheia não é uma coisa que queiram experimentar.
Além da hidratação, pede-se uma semana de refeições equilibradas, sem cometer grandes desastres alimentares. E meninas, esta não é uma semana para dietas, não queiram desfalecer logo na Ponte 25 de Abril. E também não comecem a fazer treinos intensivos agora, não é nestes últimos dias que se vão tornar melhores atletas. Se se matarem a treinar esta semana, chega domingo e o vosso corpo quer é ficar na caminha, ou então chegam lá, correm 5km e fazem os restantes kms a caminhar. Não se metam nisso. Conselhos de amiga (baseados nas dicas dos especialistas, porque eu, vocês já sabem, vou estrear-me agora nestas andanças mais longas)
Deixo dois sites que podem consultar, caso não acreditem em mim, ou caso queiram mais detalhes sobre o que comer: 1- antes e depois de uma Meia Maratona; e sobre: 2- alimentação dias antes da prova
Quando comecei a dar as minhas corridinhas, a música era imprescindível. Sem ela, nada feito. A música servia para me abstrair do que estava a fazer, ajudando-me a evitar pensamentos negativos logo a partir dos primeiros quilómetros, do tipo "ai não aguento mais" ou "quando é que isto acaba?! Ficava mesmo chateada quando me esquecia dos fones em casa. A corrida já não me corria bem. Claro que isto é tudo psicológico, mas enfrentar uma corrida, mais ou menos longa, envolve muitos aspectos psicológicos, truques e manhas para nos distrairmos do esforço físico.
Acontece que, progressivamente, tenho feito o desmame da música - sim, porque pelo que tenho observado só os menos experientes na corrida é que ouvem música. Comecei por, sem querer, esquecer-me dos fones, agora levo-os mas opto por não usar. E, a verdade é que tem corrido bem. Existem vantagens claras em não ouvir música - uma delas, a mais significativa, é o facto de conseguirmos ouvir a nossa respiração e controlá-la com mais eficácia. Outra vantagem é não ter que andar a repor os fones a cada 500 metros, empurrando-os para dentro do ouvido porque vamos ficando com a sensação de que vão cair a qualquer momento. Pode tornar-se uma atrapalhação total. Pelo menos comigo é assim. No entanto, também há vantagens em ouvir música. Quando a coisa não nos está a correr muito bem (há dias e dias, não é verdade?), a música ajuda-nos a ultrapassar algum tédio/aborrecimento/desgaste que se vá tendo durante o percurso e há certas e determinadas batidas que nos dão power que julgávamos já não ter!!
Perante isto, agora estou indecisa - levo ou não música para a Meia Maratona?
Esta não sou eu. Mas podia ser.
Ontem faltavam 11 dias para o grande dia e escrevi sobre isso aqui. O que eu estava longe de imaginar é que a minha "excitação" (ou deverei dizer medo/ansiedade/nervosismo?) para a Meia Maratona de Lisboa iria estar hoje nos destaques do Sapo blogs. Sou (pouco) suspeita, mas achei uma excelente escolha.
Daqui a 11 dias, por esta hora, vou estar extremamente relaxada, de banho tomado e a começar a repor as energias gastas ao longo dos 21,5km da Meia Maratona. Vai ter que ser um almoço à grande e à francesa. Não sei se vou completar a prova com um tempo decente, não sei se vou conseguir terminar a coisa em apenas 1h50 - 1h55, como tanto quero e espero, mas vou estar, de certezinha, contente. E com bolhas nos pés, também. Ou melhor, com a pele das bolhas agarrada às meias. Os pulmões vão dar-me nas orelhas quase durante todo o percurso, como quem diz "porque é que me estás a fazer isto, sua cabra?". As pernas, essas, vão responder muito melhor do que os pulmões. Só não vão fazer um trabalho melhor, justamente por causa dos pulmões resmungões. Pode ser que no dia adiram à causa e se portem bem.
E os treinos? Vão indo bem, obrigada. Às terças-feiras tem sido corrida normal (cerca de 8km, mais coisa menos coisa). Na quarta-feira da semana passada experimentei o treino de séries do Correr Lisboa, na pista Prof. Moniz Pereira. Não gostei porque custa, mas gostei que me tivesse custado (incoerente, esta gaja, ahm?), de modo que hoje lá irei eu outra vez. Dizem que treinar séries é muito bom para melhorar o desempenho, por isso, bora lá. À imagem da semana passada, esta quinta-feira vou fazer um treino de 10km pela cidade, com alguns elementos do Correr Lisboa. É um treino mais livre e mais relaxado. Sexta-feira, logo vejo, mas qualquer coisa se há de arranjar. E finalmente sábado, dia de treino longo. Na semana passada fizémos 17 km (Belém - Praça do Comércio - Belém). Tenho que dizer que a partir do km 13/14 começa a custar por demais, com calor então... Mas como "no pain no gain", no próximo sábado vamos fazer 18km e será o último longo antes da Meia Maratona.
Na semana da prova, farei os treinos normais da terça e quarta-feira. Sábado terei a prova dos 7km Vitalis, que será uma espécie de treino. E pronto, de repente passaram-se os 11 dias que ainda faltavam, sem que ninguém se desse conta disso.
Estas fotos são do treino longo de sábado.
Se Janeiro passou a correr, Feveiro não lhe podia ficar atrás, quanto mais não seja porque se trata de um mês "magrinho" e, portanto, veloz. Fiz 14 corridas, 113 km, a um ritmo médio de 5'28 (há aqui uma corrida/caminhada em Monsanto que me estraga a média, diga-se). Em Janeiro, os números foram praticamente iguais (sou uma pessoa muito equilibrada, sim senhora). Podia ter feito mais e melhor, mas isso deixo para Março, esse mês tão bonito, mês das flores, das borboletas, do início do calor, da mudança da hora e da chegada da Primavera.
Mês em que, indubitavelmente, TODA a gente começa a correr porque sente o Verão a chegar e há que recuperar a forma, perdendo as gorduras tão bem trabalhadas durante o Inverno (este e outros) em apenas um mês ou dois.
Isto é certinho, Março vai trazer consigo uma enxurrada de runners para a rua: os corredores ocasionais juntam-se agora aos corredores que correm o ano inteiro, na esperança de recuperar todo o tempo perdido (em Junho deixam de o fazer porque fica demasiado calor, claro, e só voltam a calçar as sapatilhas dia 1 de Janeiro de 2016, mas no ginásio, porque nessa altura faz muuuuito frio).
Março é também o mês da Meia Maratona de Lisboa, na qual estou inscrita, não para "ganhar" uma camisola, não para me ir lá arrastar até à meta, não só para dizer que fiz a prova mais emblemática de Lisboa, mas para fazer um tempo digno das minhas capacidades. Para isso, Março vai ser rico em treinos. Vai ter de ser. Sobretudo nestas duas primeiras semanas (só faltam 3 semanas para o grande dia, só agora tomei consciência disso!).
E pronto, Março tem tudo para ser um mês arrebatador. Tem sempre. Há energia e boa disposição no ar. É Março e basta!
Depois de o corpo ter colapsado, esta atleta queniana, Hyvon Ngtich, cruzou a meta desta forma, de gatas, completamente debilitada, sem forças. "Quando começamos a correr temos de ir até ao fim", justificou a atleta que foi considerada, por este feito, a mais brava maratonista do mundo. E assim, heroicamente de gatas, terminou em terceiro lugar a Maratona de Austin. A atleta é tida agora como uma verdadeira inspiração, uma lutadora para quem desistir não foi (e não será) uma opção. Heroímos à parte, espero terminar a Meia Maratona e de pé , de preferência. Que medooo.
Desde que entramos em 2015 que penso num dos objectivos alistados para concretizar neste ano - a Meia Maratona de Lisboa. Ainda por cima, trata-se da 25ª edição, a mesma idade que eu, portanto. Não posso deixar escapar esta oportunidade de me estrear numa meia. É o ano ideal para isso. Contudo, já me ocorreu variadísssimas vezes que provavelmente não vou estar preparada, afinal de contas ainda só participei em três provas de 10km, e lá abandono a ideia de me inscrever (por falar em inscrição, 25 euros é caro para caraças, não acham?).
Acontece que ontem experimentei um treino longo do Correr Lisboa (15km) e a coisa correu-me bem. Bastante bem, até. Claro que me cansei, mas estive longe de morrer. Fiz os 15km em 1h19, o que não é excelente, mas também não é nada mau. Ora, quem faz 15 km, faz 21km, fiquei eu a pensar. E agora estou com uma enorme vontade de largar 25 euros (not) para participar na meia maratona (yesss), mesmo tendo uma prova de 7km no dia anterior. Vamos meiamaratonar, pessoal?
Ontem à tarde fui treinar na cidade universitária. Sejamos honestos: não me apetecia nada e nem sequer era por causa do frio. Não me apetecia, ponto final. Mas lá fui eu, como sempre a caminhar do Saldanha para a cidade universitária, para os meus 10km. Caminho sempre de casa para lá e de lá para cá, não uso transportes para ir treinar, a não ser que o treino seja no c* de Judas.
Pelo caminho já ia mais satisfeita, o tom alaranjado do céu e o ar fresco na cara animaram-me e, nessa altura, já me apetecia correr. E corri satisfeita. Não sei bem como nem porquê, mas durante a corrida não me cheguei a sentir mal, com a respiração miserável, como me acontece praticamente sempre. Pode dizer-se que desfrutei da corrida. E isso não é costume, uma vez que, habitualmente só sinto prazer quando a dita corrida termina. Mentiria se viesse para aqui dizer que me sinto nas nuvens quando estou a cavalgar por aí, a respirar como se fosse uma panela de pressão no auge da sua actividade.
Bem, dizia eu que me senti bem durante a corrida toda. Quando me faltavam apenas 500 metros para concluir os 10 km e me preparava para dar um sprint final, fui interpelada por uma senhora que estava desesperada à procura do filho de 11 anos, que se perdera dos pais e da irmã. É que entretanto ficou escuro. A irmã, essa, choramingava de preocupação. "Eu acho que ele caiu ou foi rapatado, mãe", dizia a menina que deveria ter os seus 6, 7 anos. O irmão, que andava a passear de bicicleta, já andava perdido há mais de meia hora. Interrompi a minha corrida e lá fui com a mãe e a menina falar com os seguranças para pedir ajuda, enquanto o pai da criança continuava à procura do menino. Passaram-se uns 20 minutos (de desespero daquela mãe), até que o pai da criança liga a dizer que já o tinha encontrado, finalmente. A mãe, aliviada, sorriu e apertou-me a mão com força tal foi a emoção. Não sei o que se passou com o miúdo, nem onde se perdeu, porque estava a ficar gelada (estava de manga curta) e, já que tudo estava bem, não esperei pela criança para saber os detalhes, e lá fui eu a correr para finalizar simbolicamente os 10km e para me vestir. Fiquei felicíssima por tudo ter acabo bem, para aquela família, e para mim, corri feliz, voltei para casa ainda mais feliz.
Janeiro passou literalmente a correr. Fiz 112 km (15 corridas) a uma média de 5'34 por km, o que não é nada mau, uma vez que fiz(émos) algumas corridas em Monsanto (como toda a gente sabe, ou imagina, aquilo é tudo menos plano!!). Foi ao longo do mês de Janeiro que comecei a correr em grupo, no Correr Lisboa, com a Catherine Cipriani - como lhe chamo - sempre a acompanhar-me. Janeiro serviu para estabelecer algumas rotinas de corrida, sem as quais já não passo. As terças estão reservadas ao treino na cidade universitária e os domingos já são conhecidos como o "Dia de Santo Monsanto", faça chuva, faça sol, temos treino marcado para as 10h da matina. Os restantes dias da semana são à vontade do freguês (que sou eu, portanto), porque costumo fazer treinos sozinha (5km ou 10km, tentando melhorar o ritmo), às horas que me apetecer e onde me apetecer. Ah, convém dizer isto, há sempre um dia ou outro que me dedico a fazer nenhum, muito agradável. Fevereiro tem tudo para ser levado do mesmo jeito - a correr. Aliás, mesmo sendo um mês pequenino, espero fazer mais kms. E perguntem-me lá agora: "Mas por que raio corres tu?; e o que é que ganhas com isso? ou, mas está tanto frio, como consegues?"
P.s. Fevereiro deveria ser o mês em que iria cumprir o desafio de não comer pão e bolachas (era só um mês!!!), mas o desafio foi logo abortado nos primeiros dias. Mas tentarei "correr atrás do tempo perdido", nesse aspecto, só para ver no que dá.
Já é sabido que gosto de correr. Não é uma coisa de hoje nem de ontem. A corrida acompanha-me, mais ou menos, desde que vim para Lisboa, há seis anos (ou mais?). No entanto, só há dois anos é que comecei a correr mais a sério - antes era só sair para correr porque sim, sem saber distâncias nem tempos, correr apenas quando me desse na cabeça, podia ser uma ou duas vezes por semana, ou nem isso sequer.
A coisa foi, naturalmente, evoluindo e, desde há um ano, corro mais regular e intensamente, sendo que fiz a minha primeira prova oficial (10km) em Outubro passado. Desde essa altura comecei a ter objectivos, metas a cumprir, tempos a melhorar e, arrastado a tudo isso, veio também a motivação e até algum fascínio pela prática da corrida. Tudo isso culmina na palavara que todos nos habituamos a ouvir - vício. É isso, a corrida torna-se num vício e, como qualquer vício, simboliza uma necessidade.
Ultimamente tenho-me dado conta de que, afinal, há meio mundo a fazer o mesmo que eu, a correr por prazer, a correr por objectivos, a correr para organizar a cabeça, a correr para libertar stress, a correr porque sim, a correr aqui e ali, mas também a correr para aliar isso tudo ao convívio. E é absolutamente delicioso e compensador reparar que existe uma sensação de "comunidade" entre os corredores (não interessa se uns são mais atletas que outros) e como isso se reflecte quando nos cruzamos e nos dizem de sorriso estampado "Bom dia!!!", sem nos conhecermos de parte alguma. Ou quando nos cruzamos com alguém com uma t-shirt igual à nossa de uma corrida qualquer. Pequenos detalhes que fazem toda a diferença.
O sentimento de "comunidade" e de "pertença" é algo que tenho vindo a apreciar neste mundo dos runners. Para intensificar esses bons feelings, resolvi (juntamente com duas amigas), pela primeira vez, integrar os treinos de um grupo de corrida (Correr Lisboa), logo eu que era totalmente "anti-grupos" nesta coisa das corridas, gostava era de correr sozinha. E continuo a gostar de ir sozinha, mas correr com alguém ou em grupo dá-nos uma motivação adicional, ao fim ao cabo e independentemente de ter companhia ou não, durante o treino competes essencialmente contra ti mesmo. Ter alguém com quem falar antes e depois do treino, parecendo que não, é outra categoria. Faz toda a diferença.
Aqui, o nosso primeiro treino no Correr Lisboa:
E aqui, o símbolo do grupo, inspirado num santo padroeiro de Lisboa, São Vicente (é por isso que os atletas do Correr Lisboa são conhecidos como "vicentes"). O pássaro negro (corvo) aparece associado ao Santo porque, segundo reza a lenda, depois de ter sido lançado ao mar, o seu cadáver foi protegido dos abutres por um corvo, até que as marés devolvessem o corpo à viúva.
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