Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
É quase impossível reconhecer-me no meio desta multidão, mas consegui, ao fim de algum tempo, "apanhar-me". Claro, de boca aberta e, aparentemente, com cara de quem vai desmaiar. Que desilusão.
A organização da SS foi muito simpática ao enviar um vídeo da chegada. Tinha grandes expectativas sobre isso. Imaginava-me a chegar quase sozinha, em passadas olímpicas e a sorrir para as câmaras, mas não, isso é só para os da elite. Claro. Que parvalhona. Cheguei de boca aberta, no meio de uma multidão de atletas muito mais altos que eu ... encontrar-me é quase quase como procurar um agulha num palheiro dos grandes.
A minha primeira vez na São Silvestre não foi lá grande coisa, no que toca ao resultado. Deparei-me com vários desafios. Primeiro desafio: safar-me da mutidão e conseguir um lugar confortável para impor o meu ritmo, sem tropeçar, sem cair e sem fazer cair os outros. Este desafio, apesar de ser mais problemático nos primeiros dois km, acompanha-nos em toda a corrida (10 mil pessoas feitas parvas a correr na rua, imagine-se). Segundo desafio: surgiu ao km 7 - uma dor aguda no adómen (uma espécie de dor de burro ou de burra, neste caso). Resolvido esse problema, eis que surge o terceiro desaio: subir a Avenida da Liberdade. Nunca tinha visto a Av. tão inclinada.
No final, soube bem cortar a meta - como, de resto, acontece sempre, apesar de tudo. Podia ter feito muito melhor, mas os treinos foram fracos. Ainda assim, fiz menos uns segundos relativamente à corrida do Montepio. Regressei a casa satisfeita.
Olá!
O Terceiro Frente decidiu ele próprio mudar-se. De malas e bagagens, claro está. A sua nova casota é agora esta, sendo o seu anfitrião, como já se devem ter apercebido, aquele bixinho verde e saltitão, mais conhecido por Sapo. Continuamos a ser três gatos a morar num terceiro andar lisboeta, um lugar bastante modesto em termos de aparência, mas muito sofisticado no plano amoroso.
Com o tempo, vamos aperfeiçoar este espaço. Para já, para já, sejam então bem-vindos à nossa nova casa.
O meu olhar é nítido como um girassol
(...)
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto
(...)
Sei ter o pasmo essencial
(...)
Sinto-me nascido a cada momento
Para eterna novidade do mundo
Creio no mundo como num malmequer
Porque o vejo. Não penso nele
Porque pensar é não compreender
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
(...)
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar
Alberto Caeiro
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.