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Ora aí está, a emancipação das burras expresso em produtos de higiene e cosméticos. Antes as burras (e os burros) serviam para carregar tralhas dos seus donos e para ajudar a lavrar a terra, não sei se havia distinção entre macho e fémea, mas duvido. Trabalhavam de sol a sol, segundo consta. Hoje, o animal em vias de extinção deixou de ter tanto trabalho, nalguns casos foi substituído por maquinaria moderna, noutros casos, param porque os donos deixaram de querer saber da terra e, consequentemente, do fiel amigo burro. Pouco a pouco, os donos foram-se desfazendo dos seus animais - afinal, ter um burro não é coisa deste tempo, e de úteis os burros passaram a inúteis. Salvo raríssimas excepções nalgumas terras escondidas.
Mas, quando tudo parecia perdido para esta espécie, eis que se dá uma revolução no papel dos burros na nossa sociedade. Além de estarem a ser utilizados em projectos de turismo rural, onde dão o corpinho para passear humanos, as burras estão a ganhar terreno no campo dos cosméticos e produtos de higiene. Como?, perguntam vocês. Com o leite, claro está. Diz que o leite de burra tem propriedades únicas que melhoram tanto o aspecto como a suavidade da nossa pele. E confere, o meu irmão viu à venda lá pelos algarves e trouxe-me dois sabonetes desse líquido requintado, além de cheirar maravilhosamente bem, deixa de facto a sensação de pele macia. Esqueçam Dove, Dettol, Vasenol ou até mesmo o Feno. As burras leiteiras vieram para arrasar. É a isto que se chama passar de burro a cavalo, ou, neste caso, de burra para égua?
P.s. Ah, a mesma linha de sabonetes tem também sabonetes de alcatrão (que a minha mãe garante serem execpionais) e de enxofre! É toda uma nova concepção de higiene. E é tudo nacional.
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