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Quando comecei a dar as minhas corridinhas, a música era imprescindível. Sem ela, nada feito. A música servia para me abstrair do que estava a fazer, ajudando-me a evitar pensamentos negativos logo a partir dos primeiros quilómetros, do tipo "ai não aguento mais" ou "quando é que isto acaba?! Ficava mesmo chateada quando me esquecia dos fones em casa. A corrida já não me corria bem. Claro que isto é tudo psicológico, mas enfrentar uma corrida, mais ou menos longa, envolve muitos aspectos psicológicos, truques e manhas para nos distrairmos do esforço físico.
Acontece que, progressivamente, tenho feito o desmame da música - sim, porque pelo que tenho observado só os menos experientes na corrida é que ouvem música. Comecei por, sem querer, esquecer-me dos fones, agora levo-os mas opto por não usar. E, a verdade é que tem corrido bem. Existem vantagens claras em não ouvir música - uma delas, a mais significativa, é o facto de conseguirmos ouvir a nossa respiração e controlá-la com mais eficácia. Outra vantagem é não ter que andar a repor os fones a cada 500 metros, empurrando-os para dentro do ouvido porque vamos ficando com a sensação de que vão cair a qualquer momento. Pode tornar-se uma atrapalhação total. Pelo menos comigo é assim. No entanto, também há vantagens em ouvir música. Quando a coisa não nos está a correr muito bem (há dias e dias, não é verdade?), a música ajuda-nos a ultrapassar algum tédio/aborrecimento/desgaste que se vá tendo durante o percurso e há certas e determinadas batidas que nos dão power que julgávamos já não ter!!
Perante isto, agora estou indecisa - levo ou não música para a Meia Maratona?
Esta não sou eu. Mas podia ser.
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