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Foi lá que conheci o Bernardo. Na mítica festa da cerveja, claro está. Não foi há cinquenta anos, mas para lá caminha. Foi lá que trocamos as primeiras palavras, ao acaso [não foi nada, foi o destino]. Na realidade, foi tudo porque a amiga com quem estava, no meio da multidão de universitários em extâse com a possibilidade de beber cerveja até mais não, lhe deu um encontrão, entornando um copo para cima do rapaz. E fui eu que fui dar a cara [esperta!!!]
"Ah, desculpa lá, a minha amiga está um bocado alterada"
[...]
Dei-lhe o meu casaco porque estava demasiado quente para andar com ele. Não satisfeito com a "oferta", ainda exigiu o meu número de telemóvel. "9696...", cedi imediatamente. Pensou que o número tinha sido inventado naquele momento, só para o efeito [ou melhor, para ficar tudo sem efeito]. Mas não, fui sincera.
E apesar de bem regada, recordo-me dessa noite como se fosse hoje.
É isto que se me oferece dizer sobre as eleições, já que estamos no "domínio dos afectos"
Significa acordar de manhã (ou de madrugada!!) sem almofada com um misto de "porra, é a última vez que dormes aqui, é impossível descansar bem assim" e "ai que amor, gosta mesmo de mim, que fofinho, escolhe sempre a minha almofada. Prefere a dona ao dono".
É verdade, já não corro sozinha. Ganhei a melhor companhia que podia ter. E nem foi preciso recorrer a estratégias de convencimento, o próprio decidiu que estava na altura de me acompanhar nestas lides. A desculpa era sempre que não tinha ténis específicos, todo o material desportivo que tem diz apenas respeito ao mundo do futsal. Para correr não tinha nada (se bem que para correr basta apenas correr).
Precisava então de uns ténis para o efeito (também eu preciso de uns novos), comprou-os com a convicção que era desta, que se ia tornar num runner. E assim foi. Fiquei deveras surpreendida. Ontem já corremos os dois, que é como quem diz, corremos cada um na sua, cada um com a sua música, cada um na sua passada, cada um na sua posição. Estivemos juntos na partida e só nos voltamos a ver no fim.
Ficou logo estabelecido que não íamos fazer para andar ao lado um do outro, se assim não tivesse de ser. E digo-vos: correu muito bem. Para mim esta é a situação ideal, ter companhia para ir e para voltar para casa, mas na passada não quero cá conversas.
É para repetir, sem dúvida alguma. Era o impulso que precisava neste momento.
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