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Se Janeiro passou a correr, Feveiro não lhe podia ficar atrás, quanto mais não seja porque se trata de um mês "magrinho" e, portanto, veloz. Fiz 14 corridas, 113 km, a um ritmo médio de 5'28 (há aqui uma corrida/caminhada em Monsanto que me estraga a média, diga-se). Em Janeiro, os números foram praticamente iguais (sou uma pessoa muito equilibrada, sim senhora). Podia ter feito mais e melhor, mas isso deixo para Março, esse mês tão bonito, mês das flores, das borboletas, do início do calor, da mudança da hora e da chegada da Primavera.
Mês em que, indubitavelmente, TODA a gente começa a correr porque sente o Verão a chegar e há que recuperar a forma, perdendo as gorduras tão bem trabalhadas durante o Inverno (este e outros) em apenas um mês ou dois.
Isto é certinho, Março vai trazer consigo uma enxurrada de runners para a rua: os corredores ocasionais juntam-se agora aos corredores que correm o ano inteiro, na esperança de recuperar todo o tempo perdido (em Junho deixam de o fazer porque fica demasiado calor, claro, e só voltam a calçar as sapatilhas dia 1 de Janeiro de 2016, mas no ginásio, porque nessa altura faz muuuuito frio).
Março é também o mês da Meia Maratona de Lisboa, na qual estou inscrita, não para "ganhar" uma camisola, não para me ir lá arrastar até à meta, não só para dizer que fiz a prova mais emblemática de Lisboa, mas para fazer um tempo digno das minhas capacidades. Para isso, Março vai ser rico em treinos. Vai ter de ser. Sobretudo nestas duas primeiras semanas (só faltam 3 semanas para o grande dia, só agora tomei consciência disso!).
E pronto, Março tem tudo para ser um mês arrebatador. Tem sempre. Há energia e boa disposição no ar. É Março e basta!
Não sei se foi assim que aconteceu, mas tudo leva a crer que sim (porque não?), o que nos obriga a admitir que, de facto, existem contos de fadas. Pelo menos, sabemos (?) que existiram, um dia, num passado remoto. Reza a lenda que, há muitos séculos atrás, quando os mouros ocupavam o Algarve (Al-Gharb, na altura, Allgarve, agora), havia um rei que reinava com toda a sua fama de valentia e bravura a zona mais importante da região - a região de Al-Faghar, cuja capital era a cidade de Silves. Este rei, de seu nome Ibne-Almunidim, era excepcionalmente protegido por Alá, pois nunca conhecera a derrota nas batalhas que travara. Era considerado o rei mais destemido e temido de todos os reis mouros.
Numa das suas batalhas, o rei deparou-se com uma prisioneira com uma beleza rara, algo incomum para os mouros que se caracterizavam por um tom de pele cobreado, olhos castanhos e estatura mais baixa. A prisioneira despertara-lhe a atenção pela sua estatura alta, cabelos loiros e olhos azuis, côr do céu. Chamava-se Gilda. O rei, encantado com tamanha beleza, libertara-a da escravatura e tornara-a a sua "Princesa do Norte".
Acontece que, a princesa, habituada à neve na sua terra distante, começara a ficar doente de saudades de ver os campos brancos, cobertos de neve. O rei, apaixonado e desesperado sem saber o que fazer para curar a sua "Princesa do Norte", ordenou que se plantasse amendoeiras por todo o seu reino.
No início da primavera seguinte, levou Gilda à janela do terraço do castelo. Ao ver as flores brancas das amendoeiras, a princesa começou a sentir-se melhor, pois davam-lhe a ilusão da neve. O momento culminou com um beijo apaixonado entre os dois. (Estão a ver a cena?) A "Princesa do Norte" ficara curada da doença nostálgica que a ia consumindo.
E adivinhem lá? Foram felizes para todo o sempre!
Conclusão: se não fosse este magnífico rei mouro e esta caprichosa rapariga do Norte (o Norte da Europa sempre a exigir coisas ao Sul?irra), eu não teria a possibilidade de comer amêndoas tão boas, teria de as mandar vir da América.
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