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Um treino emocionante

por Melissa Lopes, em 08.02.15

Ontem à tarde fui treinar na cidade universitária. Sejamos honestos: não me apetecia nada e nem sequer era por causa do frio. Não me apetecia, ponto final. Mas lá fui eu, como sempre a caminhar do Saldanha para a cidade universitária, para os meus 10km. Caminho sempre de casa para lá e de lá para cá, não uso transportes para ir treinar, a não ser que o treino seja no c* de Judas. 

Pelo caminho já ia mais satisfeita, o tom alaranjado do céu e o ar fresco na cara animaram-me e, nessa altura, já me apetecia correr. E corri satisfeita. Não sei bem como nem porquê, mas durante a corrida não me cheguei a sentir mal, com a respiração miserável, como me acontece praticamente sempre. Pode dizer-se que desfrutei da corrida. E isso não é costume, uma vez que, habitualmente só sinto prazer quando a dita corrida termina. Mentiria se viesse para aqui dizer que me sinto nas nuvens quando estou a cavalgar por aí, a respirar como se fosse uma panela de pressão no auge da sua actividade. 

Bem, dizia eu que me senti bem durante a corrida toda. Quando me faltavam apenas 500 metros para concluir os 10 km e me preparava para dar um sprint final, fui interpelada por uma senhora que estava desesperada à procura do filho de 11 anos, que se perdera dos pais e da irmã. É que entretanto ficou escuro. A irmã, essa, choramingava de preocupação. "Eu acho que ele caiu ou foi rapatado, mãe", dizia a menina que deveria ter os seus 6, 7 anos. O irmão, que andava a passear de bicicleta, já andava perdido há mais de meia hora. Interrompi a minha corrida e lá fui com a mãe e a menina falar com os seguranças para pedir ajuda, enquanto o pai da criança continuava à procura do menino. Passaram-se uns 20 minutos (de desespero daquela mãe), até que o pai da criança liga a dizer que já o tinha encontrado, finalmente. A mãe, aliviada, sorriu e apertou-me a mão com força tal foi a emoção. Não sei o que se passou com o miúdo, nem onde se perdeu, porque estava a ficar gelada (estava de manga curta) e, já que tudo estava bem, não esperei pela criança para saber os detalhes, e lá fui eu a correr para finalizar simbolicamente os 10km e para me vestir. Fiquei felicíssima por tudo ter acabo bem, para aquela família, e para mim, corri feliz, voltei para casa ainda mais feliz. 

 

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publicado às 13:07



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